As origens da cultura Ocidental podem
ser traçadas de volta aos valores culturais do antigo Oriente. Em todos os
estágios da Historia da arte e da cultura ocidental existiram relações
estreitas com a cultura oriental. A região do mediterrâneo exerceu uma
influencia crucial no ocidente num período de inter-relações recíprocas. Na
música e na arte do Grande Mediterrâneo, nunca existiram reais barreiras entre
ambos. A despeito de todas as diferenças de culto, hábitos e costumes, no campo
da Música, sempre existiram fortes laços entre eles.


Na antiga Andaluzia, influencias dos
Visigodos emergiram junto com a musica dos bárbaros e a refinada tradição
Umayyad. Instrumentos Árabes de origem Pré-Asia como o Ud, e a forma primitiva
do violino (Rabab) foram introduzidos na Europa Ocidental. Durante o período de
tensão política na Espanha Islâmica, foi a música que manteve os laços entre os
povos. Com a tradução dos trabalhos de muitos musicólogos Árabes dos sec. 8 e 9
essas tradições ficaram mais acessíveis. O som dos instrumentos recém
incorporados desenvolvidos á partir do modelo árabe deu inicio a uma verdadeira
revolução musical na Europa Ocidental. O conhecimento e o domínio dos
princípios rítmicos e das inter-relações entre as notas (intervalos-modos)
também influenciaram os trabalhos de Franco de Colônia (1190) o fundador da
notação musical Franconiana.

Durante o sec. 16, enquanto a Europa
experimentava a repentina promoção da musica para “arte elevada” a musica árabe-oriental
conheceu uma virtual estagnação.
A natureza da liturgia Cristã-Oriental
adotada na época, sofreu então uma mudança com a adição de polifonia e de novas
composições.
Na era do virtuosismo, uma distinção
entre "interprete-instrumentista" e compositor começou a surgir, o que fez com
que o desenvolvimento da musica ocidental gradualmente se afastasse da estética
oriental.
Na Itália cosmopolita Renascentista, berço da ópera, a influencia oriental já era indiscernível.
Artistas franceses, consideravam o
oriente uma exótica terra de sonhos,
onde podiam indulgir seguramente em
fantasias irrestritas. Mas o florescimento do romantismo do deserto, foi apenas
uma moda passageira, pois os recursos artísticos dos compositores permaneceram muito fortemente
relacionados as expectativas e prejuízos de seu tempo.
Toda a arte musical que não se conforme
a estrutura melódica, rítmica e harmônica da chamada musica ocidental é chamada
arrogantemente “primitiva”.
Em 1851, quando os primeiros grandes
viajantes começaram a fazer gravações de todos os povos, em seu próprio país,
Hector Berlioz declarou desparatadamente: “musicalmente, chineses e indianos
permanecem na periferia da barbaridade, perdidos em uma inocência quase
infantil. O que os orientais chamam musica, pessoas comuns chamariam “ruído”.
Para eles o odioso é o belo.”
Um graduado Hindu, Dvarkanath Tagore,
mencionou em sua entrevista em paris no ano de 1844; “Quando ouvi a musica
italiana pela primeira vez, não pude perceber música em sentido algum: porem,
mantive a atenção ate poder apreciá-la, ou como você diria, entende-la.
Tentamos entender e apreciar tudo o que vem do ocidente sem impor nosso
contexto musical. Se estudassem nossa musica, com a profundidade com que
estudamos a sua, descobririam uma grande riqueza rítmica, harmônica e
melódica.” Ele falava á Friedrich Max Muler, professor de filologia comparativa
em Oxford.
Friedrich traçara o seguinte paralelo
entre os sistemas musicais e matemáticos da Índia, Oriente e Europa Ocidental;
“Em nosso mundo civilizado moderno,
existe pouco de verdadeiramente exótico. Se pudéssemos nos libertar de nossos
problemas, e olhar além do nosso campo limitado de visão, teríamos um miríade
magnífica de experiências desconhecidas.
Hesitaríamos então em julgar o mundo lá fora.
Existiram compositores, tanto no Oriente quanto no Ocidente, que tentaram superar os problemas em sua sociedade e expandir novos horizontes artísticos. Na primeira metade do sec. 20, eles procuraram novos caminhos para realizar seu ideal de uma linguagem universal bem orientada na musica. Longe de seguir a moda, e imitar cegamente, eles adquiriram verdadeira forma de expressão individual, através do estudo criativo da musica de lugares distantes mas não esquecidos, dessa forma, chegaram a exercer real influência artística.”
Existiram compositores, tanto no Oriente quanto no Ocidente, que tentaram superar os problemas em sua sociedade e expandir novos horizontes artísticos. Na primeira metade do sec. 20, eles procuraram novos caminhos para realizar seu ideal de uma linguagem universal bem orientada na musica. Longe de seguir a moda, e imitar cegamente, eles adquiriram verdadeira forma de expressão individual, através do estudo criativo da musica de lugares distantes mas não esquecidos, dessa forma, chegaram a exercer real influência artística.”
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